Morte de John Lennon

Ontem fez 31 anos desde a morte de John Lennon, o meu maior ídolo, então ele merece com certeza uma homenagem aqui no blog.

    No dia 8 de dezembro de 1980, depois de terem passado boa parte da noite em seu estúdio fazendo uma gravação, John Lennon e Yoko Ono retornaram a sua casa no edífio Dakota, em frente ao Central Park, em Nova York.

     Por volta das 17 horas do mesmo dia o assassino de John Lennon, Mark Chapman, havia lhe pedido um autografo no seu mais novo álbum, o Double Fantasy, quando Lennon tirou a sua última foto enquanto vivo (imagem ao lado). Mark ficou esperando John voltar desde aquele horário até cerca de 23h que foi quando o casal chegou em casa.

     Segundo Mark Chapman, que era cristão, o seu ódio a John Lennon originou-se das várias afirmações do cantor sobre Deus, consideradas por Chapman como blasfêmias. Chapman também era fã dos Beatles, até o dia em que John Lennon fez a infame declaração de que os Beatles seriam mais populares que Jesus, em 1966. Amigos de Chapman disseram que isso o deixou enfurecido e ele seguia se perguntando por que Lennon havia dito aquela blasfêmia.

     Ele havia anteriormente ido à Nova Iorque, em outubro de 1980, com o mesmo intuito de assassinar John Lennon, mas mudou de ideia e retornou à sua casa no Havaí. Chapman disse que na hora de puxar o gatilho dentro de si não havia emoção, nem raiva, apenas um silêncio mortal em seu cérebro. E também alega ter ouvido uma voz misteriosa que lhe repetia: "Faça isto!" quando John passou por ele. Chapman também disse em entrevistas que pediu ajuda a Satanás para possuí-lo e assim cometer o crime.

     No dia em que ele acabou por matar John, Yoko foi a primeira a sair da viatura onde o casal estava e rapidamente entrou para a recepção do edifício. Quando o músico passou, Chapman alvejou-o nas costas, disparando cinco tiros da sua arma de calibre 38. Apesar de a primeira bala ter falhado o seu destino, as outras quatro atingiram Lennon.

     Lennon foi declarado morto ao chegar no hospital St. Luke's-Roosevelt, onde foi constatado que ninguém poderia viver mais do que alguns minutos com tais ferimentos. Antes de declararem sua morte, médicos abriram o peito de Lennon e massagearam manualmente seu coração por vários minutos a fim de restaurar a circulação sanguínea, mas o dano causado aos vasos sanguíneos era muito grande. Além disso, Lennon já havia chegado sem pulsação e sem respirar, e também havia perdido 80% do seu volume sanguíneo, sendo assim declarado que a causa da morte dele foi choque hipovolêmico.

     Após o crime ser noticiado pela mídia, multidões de fãs se juntaram ao redor do Hospital Roosevelt e do Edifício Dakota para prestar homenagem a Lennon. O corpo do cantor foi cremado dois dias depois e sua cinzas foram entregues a Yoko Ono, que preferiu não realizar um funeral para Lennon.

     Quanto ao assassino, manteve-se calmo em frente ao Dakota. Despiu o casaco e tirou o chapéu antes da chegada da polícia para que soubessem que não tinha nenhuma arma escondida, e apenas tinha uma coisa na mão: um exemplar do livro O Apanhador no Campo de Centeio. Mark identificava-se com a personagem principal da narrativa e viria a dizer mais tarde que o livro o tinha incitado a matar o ex-Beatle. Ele foi condenado a prisão perpétua e está preso desde então.

Confira também a homenagem de aniversário que fiz para o John