30 de jan. de 2011

Reforma Religiosa

     Amanhã começam as minhas aulas, então achei que podia fazer um post sobre alguma coisa interessante que aprendi ano passado, como gosto muito de história peguei meu antigo livro e fui vendo assunto por assunto qual era o melhor - mas na verdade minha matéria favorita é matemática, passo o dia resolvendo problemas matemáticos, mas tenho um problema que não suporto explicar matemática para outras pessoas, já com história é diferente, gosto de estudar história e também gosto de ensinar para os outros - até que cheguei a Reforma Religiosa, um assunto que achei muito legal aprender, e decidi que esse seria o assunto que falaria hoje.
     Falarei somente sobre o protestantismo de Lutero e o anglicanismo de Henrique VIII, mas ouveram outras igrejas protestantes naquela época, como o calvinismo, é que essas foram as que achei mais interessantes.

     No século XVI vários comportamentos da Igreja Católica passaram a ser questionados pelos diferentes grupos sociais que surgiram no fim da Idade Média europeia. Esse movimento questionador resultou numa grande divisão da Igreja Católica, que colocou de um lado os católicos romanos e de outro alguns teólogos e reis que propunham reformar a Igreja de Roma, estes reformadores ficaram conhecidos como protestantes.

     Um fato que marcou bastante o começo do protestantismo foi o episódio conhecido como "A questão das indulgências".
     Existia uma crença católica, defendida pelos teólogos medievais, que pregava o "tesouro do merecimento". Segundo essa doutrina, Cristo e alguns santos fizeram tantos méritos que não foram totalmente usados por eles quando entraram no reino dos céus. Esse excedente de méritos estava confiado ao papa, que podia vendê-los aos homens que necessitassem dos méritos para conquistar a salvação de suas almas. Assim, ao comprá-los, seus portadores receberiam de Deus a indulgência, ou seja, o perdão final que os livrariam dos rigores do inferno.
     A "questão das indulgências" ocorreu quando, na Saxônia (região pertencente ao Sacro Império Romano Germânico), um professor de teologia de Wittenberg chamado Martinho Lutero (imagem ao lado) discordou da venda de indulgência pelo papa e se revoltou.
     Lutero, então, escreveu noventa e cinco teses contra tal prática e as pregou nas portas da igreja do castelo de Wittenberg. Comentando um pouco sobre essas teses, a que mais gosto é a vinte e três: "Se é que se pode dar algum perdão de todas as penas a alguém, ele, certamente, só é dado aos mais perfeitos, isto é, pouquíssimos."
     A reação do Papado foi imediata às teses de Lutero, pedindo a retratação do protestante. Não houve retratação alguma e, decorrente a esse pedido, Lutero aprofundou as críticas à Igreja, resultando em sua excomunhão em 1520. Lutero respondeu à penalidade publicando a Carta aberta à nobreza cristã da naçã alemã sobre a reforma do Estado cristão, iniciando, assim, o que denominamos de Reforma Protestante.
     Dessa forma, Lutero definiu as doutrinas do que se tornaria uma nova igreja, na qual a salvação seria algo individual, não mais dependente de uma instituição, tal qual a Igreja Católica impunha aos fieis; ele também propunha que todos os fieis poderiam interpretar os textos sagrados e, coerente com essa ideia, o reformador traduziu o texto bíblico do latim para o alemão; ele também pregava que a única fonte de verdade estava na Bíblia, não nos ensinamentos da Igreja, feitos pelos homens, portanto, suscentíveis a erros.
     Essa parte da Reforma Protestante é muito bem retratada no filme Lutero, esse filme é ótimo para quem quer se informar mais sobre esse acontecimento histórico.
     A reforma de Lutero foi acolhida com reservas na Inglaterra, até que o Rei precisou criar sua própria religião para se beneficiar.
     Acordos políticos levaram o Henrique VIII (ao lado) a desposar de Catarina de Aragão. Eles tiveram cinco filhos, dos quais apenas uma sobreviveu. Isso complicava os planos políticos de Henrique VIII, que pretendia dar continuidade à dinastia Tudor no trono. Por isso, tentou romper com Catarina de Aragão, mas somente o papa poderia dissolver esse casamento.
     O pai de Catarina recorreu ao papa para impedir o divórcio, e o papa o apoiou. Henrique VIII considerou a recusa papal um desrespeito e publicou, em 1534, o "Ato de Supremacia", que eliminava o poder do papa em assuntos religiosos ingleses. Considera-se que a partir desse episódio iniciou-se a Reforma Protestante na Inglaterra.
     Com a eliminação da autoridade do papa, o rei inglês assumiu o título de chefe da Igreja na Inglaterra. A igreja chefiada por Henrique VIII e seus sucessores chama-se Igreja Anglicana, cujo culto é muito semelhante ao católico.
     Essa parte do protestantismo é bem colocado no seriado de televisão The Tudors, ele é muito legal não só pra quem gosta de história mas para quem curte séries também, assistindo-o você aprende bastante sobre a Igreja Anglicana e o reinado de Henrique VIII.

Saiba mais sobre os casamentos de Henrique VIII.

1 comentários:

JOPZ_B1B disse...

PUTZ, religião... mal necessário?
estou sempre lendo e questionando esse fenomeno da humanidade, e quanto mais descubro, mais distante eu me coloco.

JOPZ

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