20 de fev. de 2011

Escravos Africanos no Brasil

     Hoje passei o dia inteiro estudando pra prova de história que terei amanhã. As provas de meu professor de história são as piores, ele é meu professor desde o ano passado e já conheço como são as provas dele, a primeira avaliação será a mais fácil, por isso estudei bastante pra tirar um dez e não depender da nota das outras avaliações que serão horríveis, se fosse só pelo assunto consiguiria fazer a prova bacana porque sei bastante história, mas o jeito que ele faz as provas é muito complicado.

     Até que acabem minhas provas farei o seguinte: vou falar cada dia o que tiver estudado para a prova do dia seguinte porque assim é mais uma maneiro de eu estudar. Então falarei hoje sobre os escravos africanos no Brasil, assunto de minha prova de história de amanhã.

     Com o avanço das plantações de cana-de-açúcar no Nordeste, na metade do século XVI, os africanos começaram a entrar no Brasil sistematicamente e em maior número. A maioria saia da região africana localizada ao sul do Equador, pelos portos de Benguela, Luanda e Cabinda. Outra parte parte considerávl saiu da Costa da Mina, pelos portos de Lagos, Ajudá e São Jorge da Mina. E um número menor saiu pelo porto de Moçambique.
     A viagem das praias da África Ocidental para o Brasil durava de trinta a quarenta e cinco dias, conforme o local de partida e de chegada, e era realizada em navios pequenos e frágeis conhecidos como návios negreiros ou tumbeiros (imagem ao lado). As condições de viagem eram péssimas, a comida era pouca e de má qualidade, tanto que cada escravo recebia, no máximo, um copo de água a cada dois dias. Os navios eram superlotados, onde cabiam cem iam trezentos, e muito morriam durante a viagem, mesmo assim o lucro dos traficantes era grande.
     Quando os escravos chegavam ao Brasil podiam ser vendidos, alugados ou leiloados para pagar dívidas de seu dono. Não eram tratados como humanos e sim como mercadoria, tanto que não tinham nem mesmo o direito de manter o próprio nome, recebendo um nome português.
     Os escravizados trabalhavam de doze a quinze horas por dia. Os homens trabalhavam como agricultores, carpinteiros, ferreiros, pescadores, carregadores e em várias outras funções. As mulheres cultivavam a terra, cuidavam dos doentes, colhiam e moíam a cana, lavavam, passavam, faziam partos, vendiam doces e salgados, e faziam outros serviços menos pesados.
     De modo geral, a alimentação dos escravizados era insuficiente e pobre em vitaminas, o que acarretava séros problemas de saúde e envelhecimento precoce. Muitos eram descritos como tendo sessenta anos, quando tinham de fato entre trinta e cinco e quarenta.
     Os escravos eram vigiados de perto por feitores que os castigavam por qualquer erro que cometessem. Os castigos eram muitos, como a palmatória, a gargalheira, a corrente com algemas e a máscara de flandres. Ao lado imagem de escrava usando máscar de flandres cubrindo sua boca para que não pudesse comer nem falar e gargalheira no pescoço, para dificultar seus movimentos.
     Para se revoltarem contra o modo como viviam, os escravos desenvolveram várias formas de resistência. A capoeira (foto da esquerda) foi uma delas, dança e luta ao mesmo tempo, foi uma forma de diversão e defesa desenvolvida no Brasil pelos africanos escravizados e seus descendentes. Hoje essa importante expressão cultural afro-brasileira é reconhecida tanto no Brasil quanto no exterior.
     Os africanos e seus descendentes resistiam também desobedecendo, fazendo corpo mole no trabalho, quebrando ferramentas, incendiando plantações, suicidando-se, agredindo feitores e senhores, negociando melhores condições de vida e trabalho, fugindo sozinhos ou com companheiros, e formando quilombos.
     O maior e mais duradouro de todos os quilombos brasileiros foi o dos Palmares. Teve início numa noite de 1597, quando cerca de quarenta escravizados fugiram de um engenho no litoral nordestino e refugiaram-se na Serra da Barriga, região montanhosa situada no atual Estado de Alagoas. Como o lugar possuía grande quantidade de palmeiras, chamou-se Palmares. Os africanos e seus descendentes eram maioria, mas em Palmares havia também brancos pobres e indígenas expulsos de suas terras pelos colonos.
     No ínicio da década de 1690 as autoridades contrataram o mercenário Domingos Jorge Velho para comandar a destruição de Palmares. No dia 6 de fevereiro de 1694, a capital de Palmares foi incendiada. Depois, os demais mocambos (conjuntos de povoações dentro de Palmares) também foram destruídos. O líder do quilombo, Zumbi (imagem ao lado), ferido em combate, conseguiu escapar e resistiu por vários meses. Mas, depois, traído por um homem de sua confiança, foi morto em 20 de novembro de 1695, dia que depois seria considerado dia da Consciência Negra.
     Hoje a Constituição brasileira de 1988 reconhece a propriedade definitiva das terras ocupadas por comunidades quilombolas. O artigo 68 diz: "Aos remanescentes das comunidades dos quilombos que estejam ocupando suas terras é reconhecida a propriedade definitiva, devendo os Estados emitir-lhe os títulos respectivos."

2 comentários:

Bruno Teixeira disse...

ADOREI O POST... APESAR DE SEU UM PORTUGA LEGITIMO, INFELIZMENTE ME ENVERGONHO MUITO DE MEUS ANTEPASSADOS PELAS CURELDADES QUE ELES FIZERAM COM OS AFRICANOS, INDIOS BRASILEIROS E ETC...

Abrçs.
Bruno JP Teixeira - O Portuga
http://brunojpteixeira.blogspot.com/

Unknown disse...

Obrigada! eu estava pobre de matéria, minha prova é amanhã (22/06) e aqui tem tudo o que preciso! adorei... bjs...

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