13 de fev. de 2011

Mata Hari

     Nesse mesmo dia de hoje, há noventa e quatro anos atrás, foi presa a mais famosa espiã da Primeira Guerra Mundial. Quando fiquei sabendo disso pela Internet, achei que seria uma coisa legal comentar sobre a vida dessa espiã tão misteriosa.

     Seu verdadeiro nome era Margaretha Geertruida Zelle, nasceu em 7 de agosto de 1876, em Leeuwarden, na Holanda, filha de um comerciante bastante conhecido, de origem javanesa, e de mãe holandesa, descrita pelos que a conheceram como uma "grande dama, tão bela quanto rica". Durante um tempo, entretanto, Marguerite rejeitou sua origem européia, gostava de se passar por nativa das Índias Holandesas, filha de um rajá e de mãe indiana.

     No início do século XX, depois de uma tentativa fracassada de se tornar professora, casou-se com  Mac Leod com quem teve dois filho, o mais velho foi morto com apenas dois anos, envenenado por uma serviçal. Em agosto de 1902, após um casamento em que o marido só a tratava com brutalidade, Mac Leod saiu, levando a filha doente, não voltando mais para casa. Praticamente sem recursos, Margaretha vendeu alguns objetos e refugiou-se na casa da tia, esposa de um banqueiro de Arnhem, iniciando um pedido de divórcio.
     Com o nome artístico de Mata-Hari (Olho da Manhã), iniciou uma carreira de bailarina em Paris e ficou conhecida como intérprete virtuosa de danças orientais. Suas atuações em clubes noturnos atraíram numerosos admiradores à capital francesa. Nos anos seguintes, fez várias excursões pela Europa e, quando eclodiu a Primeira Guerra Mundial, passando por sérias dificuldades financeiras, tornou-se espiã sob as ordens do cônsul alemão na França, travando conhecimento com numerosas personalidades influentes.
     Durante a guerra, Mata Hari dormiu com inúmeros oficiais, tanto franceses quanto alemães e se tornou um peão da intriga internacional, apesar dos historiadores nunca terem esclarecido com exatidão se ela fora realmente uma espiã, e se sim, quais eram as suas atividades como tal.
     Em um dia de agosto de 1916, a espiã suspeita encontrou-se com o capitão chefe da polícia francesa e lhe pediu uma carta de livre trânsito. Ela queria - segundo seu pedido - dedicar-se ao serviço dos oficiais feridos, que convalesciam nos estabelecimentos da estação termal transformados em hospitais.
     Em sua chegada a Paris, foi convidada a se apresentar no escritório de contra-espionagem, onde o capitão Ladoux lhe revelou que as potências aliadas suspeitavam dela, que deveria partir imediatamente para a Holanda, nunca mais voltando à França. Mata Hari protestou e, depois de uma longa conversa, conseguiu permanecer na França, com o compromisso, porém, de se engajar nos serviços secretos franceses.
     Na manhã de 14 de fevereiro de 1917, a polícia cercou o Palace Hotel, onde ela se hospedava. Depois de um primeiro interrogatório, no serviço francês de contra-espionagem, ela foi encarcerada na prisão de mulheres Saint-Lazare. A instrução foi bastante longa. Os debates se realizavam, naturalmente, a portas fechadas.
     Mata Hari se defendeu ardosamento durante os dois dias que duraram esses discursões. Mas não adiantou, pois ela foi considerada culpada e no dia 15 de outubro do mesmo ano foi fuzilada.

3 comentários:

Rart og Grotesk disse...

Uma bela bailarina de dança oriental que virou espiã? A vida dela daria um filme!
Achei legal ter feito um post sobre ela!

Valeu pelo comentário em meu blog!Bjos

RafaCruz disse...

Oi, realmente é uma história muito interessante, não mensionei no texto mas já há filmes sobre ela. Um filme chamado "Mata Hari" de 1931, fala de seus últimos dias de vida. Também existe uma outra versão desse, feita em 1985.

bjs
Rafa
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Anônimo disse...

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